Mogi Mirim registrou, até quinta-feira (14), 1.741 notificações de dengue no Município, com 211 casos positivos da doença. Desse total, 29 casos são de pessoas de outras cidades. Na semana passada, havia 1.387 notificações, 140 casos positivos e 20 importados.
De acordo com as explicações da coordenadora da VS (Vigilância em Saúde) da Secretaria de Saúde, a médica veterinária Vivian Delalibera Custódio, esse “salto no número de casos se deve, principalmente, ao fato de que muitas pessoas que passaram pelo médico com sintomas de dengue, em fevereiro, não voltam após o sétimo dia para fazer o exame de sorologia (que confirmaria a dengue).
Neste caso, o médico faz a notificação e, passado 15 dias, pelo protocolo do Ministério da Saúde, se essa pessoa mora em uma área onde há casos de dengue, apresentou febre e mais dois sintomas, ela é considerada como um caso positivo da doença, mesmo sem a sorologia.
“É o chamado caso clínico-epidemiológico, que positiva pela sintomatologia, mesmo sem os exames”, explicou Vivian. Mesmo assim, ela acredita que na maioria desses casos, trata-se mesmo de dengue. “É bom frisar que essas pessoas já estão curadas, mas, assim mesmo, entram na estatística”, enfatizou.
A Zona Norte da cidade (Tucura, Inocoop, Santa Luzia, etc), continua a ser a região com mais casos de dengue (57), seguido da Zona Leste (Vila Dias, Laranjeiras, etc), com 40 infectados. A Zona Oeste da cidade (Santa Cruz, Parque da Imprensa, etc), passou o Centro (31 casos) e ocupa a terceira colocação, como 36 casos de dengue. Já a Zona Rural apresenta apenas três casos.
tende a se agravar ainda mais (Foto: Divulgação)
As pessoas mais susceptíveis à dengue estão na faixa de 16 a 59 anos (146 casos). Crianças abaixo de 5 anos registram apenas 6 casos. A UVZ (Unidade de Vigilância em Zoonoses) continua realizando nebulizações na cidade como mais uma arma contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. De 1º de março até esta sexta-feira (15), foram 464 nebulizações em casas do Planalto Mirim, Jardim Copacabana (Zona Leste), Jardim Planalto e Residencial Floresta (ambos na Zona Sul) e Vila Oceania, na Zona Oeste.
Apesar desse esforço, as autoridades de Saúde reforçam que a nebulização, sem que haja o combate aos criadouros nos quintais das casas, é pouco eficiente. Mais de 80% dos criadouros do Aedes estão nos quintais das casas. Há ainda um apelo da Secretaria da Saúde para que as pessoas, com sintomas de dengue, procurem o médico nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e faças todos os exames recomendados.
