Confusão envolvendo filho do presidente do MMEC gera multa e interdição do Vail

JORNAL O IMPACTO

O caso em que o membro do Conselho Deliberativo do Mogi Mirim, Diego Santos de Oliveira, foi acusado de disparo de arma de fogo dentro do Estádio Vail Chaves rendeu punições ao clube e ao dirigente, que é filho do presidente Luiz Henrique de Oliveira. A confusão ocorreu no dia 24 de junho, após a derrota do Mogi para o Vocem, por 2 a 1, no Estádio Vail Chaves, pelo Campeonato Paulista Sub20.

Na quinta-feira (20), o caso foi julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de São Paulo (TJD). O Mogi Mirim foi denunciado pelo artigo 191, que versa sobre descumprir o regulamento da competição, e pelos artigos 211 e 213, que dispõem sobre garantias de segurança e sobre prevenção de desordens.

Por maioria, o tribunal aplicou multas que somam R$ 42 mil ao Mogi Mirim, além de determinar a perda de cinco mandos de campo e a interdição do estádio “até que sejam demonstradas condições de segurança para a prática do esporte”.

Já Diego Oliveira acabou denunciado pelos artigos 243-B e 243-C, que dispõem, respectivamente, sobre “constranger alguém, mediante violência, grave ameaça ou por qualquer outro meio, a não fazer o que a lei permite ou a fazer o que ela não manda” e sobre “ameaçar alguém, por palavra, escrito, gestos ou por qualquer outro meio, a causar-lhe mal injusto ou grave”, mas acabou punido apenas por este último, já que o próprio Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê que “quando o agente, mediante uma única ação, pratica duas ou mais infrações, a de pena maior absorve a de pena menor”. Portanto, Diego foi multado em R$ 20 mil e suspenso por 120 dias.

RELEMBRE
Segundo informações prestadas à Polícia Civil por uma testemunha, a confusão teve início na saída dos torcedores do estádio, quando um deles chutou uma lixeira. Nesse momento, de acordo com o relato, Diego veio abordar os torcedores e questionar se estavam danificando o seu carro, o que foi negado. No entanto, teve início uma série de críticas sobre a gestão do clube.

Foi quando, segundo a testemunha, Diego sacou o revólver. Ele ainda teria apontado a arma de fogo na direção de um dos torcedores e, em seguida, disparado três vezes para o alto. A testemunha afirmou também que havia “vários torcedores” no local nesse momento, incluindo mulheres e crianças. Um vídeo compartilhado posteriormente nas redes sociais mostra o momento final da discussão. No julgamento no TJD, inclusive, houve reprodução de vídeo encaminhado pelo Departamento de Competições da Federação Paulista de Futebol.

A Polícia Militar chegou a ser acionada, mas não localizou Diego. Os policiais orientaram os torcedores a procurar a Polícia Civil. Um boletim de ocorrência foi feito no dia seguinte e o caso foi registrado como ameaça e disparo de arma de fogo no plantão da Delegacia Seccional de Mogi Guaçu.

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