JORNAL O IMPACTO
A sede do Conselho Tutelar de Mogi Mirim, na Rua Marciliano, foi invadida e documentos foram levados do local. O órgão, subordinado diretamente ao Gabinete do prefeito, é responsável por atender crianças e adolescentes diante de situações de violação de direitos.
A invasão foi notada na manhã deste domingo (31), quando uma das conselheiras foi ao imóvel e percebeu que o portão da garagem havia sido arrombado, além da porta que liga o cômodo ao restante do prédio. A Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e homens da Polícia Cientícifica fizeram a perícia no local.
A reportagem de O IMPACTO também esteve no imóvel. Não foi notado o furto de qualquer equipamento ou objeto de valor, nem foram identificados sinais de vandalismo. Por outro lado, as conselheiras identificaram a ausência de prontuários (registros legais sobre os casos investigados pelo Conselho Tutelar). Todas as salas tinham gavetas e armários abertos e várias pastas foram remexidas, inclusive as que guardavam denúncias recebidas pelo órgão.
Ainda não é possível saber o momento exato da ocorrência nem a quantidade de invasores, uma vez que a sede do Conselho Tutelar não possui nenhum tipo de sistema de monitoramento: não há câmeras internas nem externas, apesar de o órgão lidar com denúncias graves e informações que devem ser mantidas sob sigilo. O imóvel, locado pela Prefeitura e que chegou a abrigar a Secretaria de Negócios Jurídicos anteriormente, possui apenas uma pequena grade na fachada, em altura que não impede possíveis invasões.
A vulnerabilidade do prédio já é de conhecimento da Prefeitura, segundo apurou O IMPACTO, já que uma perícia policial constatou as condições do prédio, a partir de uma demanda da Promotoria Pública. Até a publicação da reportagem, a Administração Municipal não havia se pronunciado publicamente.
