FLÁVIO MAGALHÃES
JORNAL O IMPACTO
Durante a janela partidária, período em que os vereadores puderam trocar de partido sem perder o mandato, 12 dos 17 parlamentares de Mogi Mirim trocaram de legenda.
O União Brasil dobrou a sua representação no Legislativo: agora são quatro vereadores filiados à legenda, que se tornou a maior bancada da Casa de Leis. O presidente da Câmara, Dirceu Paulino, e os vereadores Marcos Gaúcho e Márcio do Boxe se filiaram recentemente. Completa a lista o líder de governo João Victor Gasparini.
Além disso, o União Brasil deve indicar o candidato a vice na chapa do prefeito Paulo Silva (PDT). A secretária municipal de Relações Institucionais, Maria Helena Scudeler de Barros, é o nome mais provável para essa indicação e também se filiou ao União Brasil recentemente. Até fevereiro, ela ainda estava oficialmente filiada ao MDB, segundo verificou O IMPACTO junto aos registros da Justiça Eleitoral.
Geraldo Bertanha, o Gebê, por sua vez, fez o caminho inverso e se desfiliou do União Brasil. Ele voltou ao Solidariedade, partido pelo qual se elegeu vereador pela primeira vez, em 2016. Para marcar o retorno, Gebê participou do evento promovido pelo Solidariedade no último sábado (30), no Bristol Zaniboni Hotel, que contou com a presença do ex-deputado Alexandre Pereira, presidente estadual do partido, e do prefeito Paulo Silva.
Na mesma ocasião, Moacir Genuário também formalizou sua filiação ao Solidariedade, deixando o MDB, partido o qual estava filiado há mais de 20 anos, segundo os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com as novas filiações e a saída de Dirceu, o Solidariedade agora tem duas cadeiras na Câmara.
Alexandre Cintra também era um nome esperado para a bancada do Solidariedade na Câmara. Ele havia conversado com representantes do partido e com Paulo Silva nos últimos dias. No entanto, para O IMPACTO, ele confirmou que permanece no PSDB, partido que integra desde 2007. “Pensei, refleti e foi essa a minha decisão”, resumiu. Os tucanos, porém, ficaram desfalcados no Legislativo com as saídas de Magalhães da Potencial e Marcos Gaúcho, ficando com apenas uma vaga.
Ainda pela situação, o PDT também aumentou sua representação na Câmara. Além da primeira-dama Luzia Cristina, o partido agora conta com a vereadora Mara Choquetta, que deixou o PSB.
OPOSIÇÃO
Diferente do bloco de situação, a oposição na Câmara se fragmentou em diversas legendas. Resultado dos diferentes grupos políticos que buscam rivalizar com o prefeito Paulo Silva nas eleições deste ano.
O Republicanos, partido pelo qual o empresário Alexandre Passos Bueno se lançou pré-candidato a prefeito e que tem o vereador Ademir Floretti Junior como presidente, ganhou o reforço de Magalhães da Potencial.
O Podemos manteve sua cadeira: perdeu Márcio do Boxe para o União Brasil, mas filiou Robertinho Tavares, que estava no PL. A filiação de outro veterano da Câmara, Cinoê Duzo, também chegou a ser cogitada pelo Podemos, mas ele se filiou ao Progressistas (PP). O partido ainda tem Sônia Módena, pré-candidata a prefeita, totalizando duas cadeiras.
O PSD, com a saída de Sônia, permanece apenas com Marcos Cegatti. Já Lúcia Tenório, eleita pelo Cidadania em 2020, anunciou recentemente sua pré-candidatura a prefeita pelo MDB, sigla em que se filiou recentemente.
Por fim, Joelma Franco da Cunha saiu do PRD (legenda que surgiu da fusão entre PTB e Patriotas e que, em Mogi Mirim, passou a ser comandado por aliados do prefeito Paulo Silva), e se filiou ao partido Novo.
